TODO DIA ERA DIA DE INDIO
Jorge
Benjor
Curumim chama cunhata que eu vou contar
Cunhata chama curumim que eu vou contar
Curumimmm, Cunhataaaa
Cunhataaaaa, Curumimmm
Antes que os homens aqui pisassem nas ricas e férteis
terras brasilis
Que eram povoadas e amadas por milhões de índios
Reais donos felizes da terra do pau Brasil
Pois todo dia e toda hora era dia de indio
Mas agora eles tem so um dia
Um dia dezenove de abril
Amantes da pureza e da natureza
Eles são de verdade incapazes
De maltratarem as fêmeas
Ou de poluir o rio, o céu e o mar
Protegendo o equilíbrio ecológico
Da terra, fauna e flora pois na sua história
O índio é exemplo mais puro
Mais perfeito, mais belo
Junto da harmonia, da fraternidade
E da alegria, da alegria de viver
Da alegria de amar
Mas no entanto agora
O seu canto de guerra
É um choro de uma raça inocente
Que já foi muito contente
Pois antigamente
Todo dia era dia de índio
Cunhata chama curumim que eu vou contar
Curumimmm, Cunhataaaa
Cunhataaaaa, Curumimmm
Antes que os homens aqui pisassem nas ricas e férteis
terras brasilis
Que eram povoadas e amadas por milhões de índios
Reais donos felizes da terra do pau Brasil
Pois todo dia e toda hora era dia de indio
Mas agora eles tem so um dia
Um dia dezenove de abril
Amantes da pureza e da natureza
Eles são de verdade incapazes
De maltratarem as fêmeas
Ou de poluir o rio, o céu e o mar
Protegendo o equilíbrio ecológico
Da terra, fauna e flora pois na sua história
O índio é exemplo mais puro
Mais perfeito, mais belo
Junto da harmonia, da fraternidade
E da alegria, da alegria de viver
Da alegria de amar
Mas no entanto agora
O seu canto de guerra
É um choro de uma raça inocente
Que já foi muito contente
Pois antigamente
Todo dia era dia de índio
Passar pelo dia do índio sem banalizar sua cultura, suas crenças e costumes tornou-se para nós um desafio. Mergulhar no saber indígena, conhecer seus hábitos, costumes e valores era o nosso propósito, afinal, como diz a música “todo dia e toda hora era dia de índio”.
Pensando em algo mais profundo que não
fosse apenas “passar” pelo dia do índio e reconhecendo as especificidades desta
etnia, o mais importante era nos tornar próximos da identidade indígena,
compreender suas formas de viver e sua relação com a natureza e assim, nos
aproximar de uma cultura a princípio, tão distante da nossa.
Experimentamos diferentes alimentos de
origem indígena, entre eles a mandioca, a batata-doce e o milho. Pudemos
cheirar, tocar e preparar receitas com esses alimentos. Pintamos o corpo para
dançar e cantar como os índios. Pesquisamos os instrumentos musicais indígenas
e produzimos instrumentos semelhantes. Também construímos uma “oca” e ouvíamos
diferentes histórias dentro dela. Produzimos objetos artesanais com barro e
acessórios com contas, miçangas e penas. Pesquisamos palavras de origem
indígena, conversamos sobre a preocupação dos índios em preservar o meio
ambiente e sobre como mulheres, homens, velhos e crianças se organizam em sociedade. E nessa
idéia da organização coletiva, realizamos um piquenique entre as turmas onde
foi possível saborear as delícias da culinária indígena.
Entramos em
contato com imagens que puderam nos mostrar que a cultura indígena também foi
se transformando com o passar dos anos. Percebemos que os índios também
sofreram as intervenções das inovações tecnológicas e muitas tribos
acompanharam, de alguma forma, as mudanças que vem ocorrendo no mundo como um
todo.
Entre nós
professores, pudemos refletir sobre a nossa prática no “dia do Índio”, pudemos
repensar nosso fazer, pudemos nós mesmos nos apropriar de outra cultura.
“No
dia do índio, ao pintarmos o rosto de uma criança e colocarmos nela um cocar de
penas sem pensarmos sobre tal ação, nem esclarecermos para elas (as crianças),
o porque de tal atitude, reforçando apenas que saem fantasiadas de índio porque
é dia do índio, estamos, ainda que não intencionalmente, dando a idéia de que
índio é uma fantasia que vivemos num único dia do ano. Índio não é fantasia!
Índio é valor, é cultura, é sabedoria!”